Em muitos condomínios, escolas e empresas vemos um alto gasto com equipamentos de segurança eletrônica, controle de acesso e empresas de vigilância e percebemos que isto não tem relação direta com investimento.
Gastar com segurança significa comprar equipamentos sem a indicação adequada, sem instalação adequada, ter equipes mal treinadas, mesmo sendo de empresas de vigilância contratadas que teoricamente deveriam estar alinhadas com boas práticas.
Estas empresas e condomínios só vão perceber que não tinham segurança realmente por ocasião de uma ocorrência, pois na hora que precisam não tem imagens ou não tem qualidade nas imagens, não tem os dados completos ou corretos no controle de acesso incluindo foto, não tinham equipes de vigilância com procedimentos corretos e assim não conseguem evitar ou sequer solucionar as ocorrências.
Isto faz com que esses empreendimentos tenham somente sensação de segurança e não segurança propriamente dita.
Fica então a pergunta:
O que fazer para investir em segurança e não apenas jogar dinheiro fora?
A resposta a esta pergunta é simples.
Elaborar um plano de segurança com sugestões de implantação tanto de equipamentos quanto procedimentos e até mudanças estruturais, se necessário, visando realmente manter o local seguro. Sendo assim, faz-se necessária a elaboração deste plano por um profissional capacitado para tanto e não somente chamar aquele vendedor de soluções em segurança eletrônica, mandar instalar alguns equipamentos e achar que estará seguro.
Há 20 dias atrás tivemos uma ocorrência com um morador de um condomínio de luxo em São Paulo no qual uma empresa de vigilância fazia o controle de acesso e portaria do mesmo. Qual foi nossa surpresa?
Na portaria central (a primeira de acesso ao condomínio) a empresa não tinha registrado a foto nem as informações passadas pelo indivíduo ao controlador de acesso.
Ao adentrar o condomínio também não tiveram imagens de qualidade, pois além da resolução de câmeras não ser das melhores o indivíduo permaneceu o tempo todo de boné, impossibilitando assim que fosse filmado seu rosto.
Como o condomínio tem mais de uma torre, o Double Check deveria ter sido adotado como procedimento de segurança em cada torre e também não foi, então não havia dado nem imagem nenhuma do meliante.
Resumindo, aquele condomínio que gastou muito com segurança na hora que precisou não teve a segurança que imaginava que tinha.
É preciso que as empresas de vigilância foquem no treinamento adequado, sério e que os gestores de segurança dos condomínios e empresas contratem profissional capacitado por Pós Graduação ou Certificação que possa montar um plano de segurança que vá atender as necessidades daquele empreendimento para no caso de uma ocorrência ter-se pelo menos o que apurar.
A manutenção de equipamentos e alterações estruturais necessárias também são aliadas poderosas da segurança e desta forma atendendo as indicações acima haverá certamente segurança e não apenas sensação de segurança.
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Yara R. Gonçalves Dias 