Não acredito que fazer uma prova da forma que tem sido feito o ENEM seja o melhor para que se faça uma avaliação real de como está a educação brasileira.
Se o ENEM não é obrigatório para todos os alunos, não creio que seja parâmetro para se apurar nada.
Se instituímos uma prova e a tornamos obrigatória a todos os alunos aí sim esta avaliação terá valor, pois certamente será um resultado mais honesto e claro do real desempenho da escola na formação de seus alunos.
Fazer uma prova para medir desempenho e não torna-la obrigatória a todos os alunos é uma brincadeira, isto falando em escolas particulares, quando falamos em escolas públicas aí a coisa fica mais engraçada ainda.
Ora, quais foram as escolas públicas que se destacaram?
As escolas públicas que se destacaram foram os colégios de aplicação de universidades, colégios militares, escolas federais e escolas técnicas.
Estas escolas tem como linha mestra o objetivo de manter o desempenho de seus alunos realmente altos, não raras vezes realizam provas de seleção para admissão do aluno e não tem nem de longe o perfil de uma escola pública comum.
Pergunto:
E as escolas nas quais a grande massa estuda, as estaduais e municipais?
Não aparecem junto às de destaque por que?
Se queremos avaliar como está a educação no país, devemos tornar esta prova obrigatória a todas as escolas e todos os alunos.
Deveriamos isentar todos os alunos do pagamento da taxa do ENEM que este ano teve o valor de R$ 35,00, valor este que não se aplicou nos casos abaixo:
Automaticamente: Alunos matriculados no último ano (concluintes) do Ensino Médio em instituições públicas de ensino (federais, estaduais e municipais);
Mediante Declaração de Carência: Demais participantes, desde que declarem carência no ato de sua inscrição e que a declaração seja aprovada pelo Inep.
Deveríamos ainda tornar a participação no ENEM requisito obrigatório ao ingresso no nível seguinte de escolarização, a Universidade.
Se realizamos a prova na base do participa quem quer ou pior ainda, “participarão nossos melhores alunos”, não teremos nunca uma radiografia de como está a Educação Brasileira.